segunda-feira, 25 de junho de 2007

Área VIP na frente – parte III

Outra forma interessante de fatiar os espaços dos shows é: quem paga mais caro fica no lugar mais perto do palco.

Isso acontece muito com shows de MPB e afins, onde a organização dos espaços para o público é feita a partir somente de mesas e lugares sentados.

Em shows mais jovens onde a organização é feita por pista não existe este tipo de abordagem.

Esta é uma excelente forma de ganhar dinheiro e ainda manter a ordem local, evitando brigas ou coisas parecidas.

É tudo uma questão de pensar com a mente de Marketing.

Área VIP na frente – parte II

Outra forma de organiza shows é fatiar o espaço do público.

Assim, quem chega primeiro fica no primeiro pedaço, que é mais perto do palco e assim por diante.

Desta forma, todos os fãs poderiam ser tratados com respeito, sendo recompensados por chegar cedo. Sem por isso ter que passar privações fisiológicas e psicológicas (ficar totalmente espremido, sem fazer xixi ou poder pegar um ar sem perder seu bom lugar).

Área VIP na frente



Desde o show do Lenny Kravitz em Copacabana reparo que as áreas VIPs dos grandes shows estão na frente.

Esta é uma boa estratégia de Marketing. Afinal, por que os convidados VIPs tinham sembre que ficar num ótimo camarote, com bebidas e comidas deliciosas de graça, porém lá atrás de todo mundo?

Ora, num show de música, o mais importante é a experiência com o artista. E nada melhor que estar o próximo ao palco.

Esta atitude dos organizadores é muito inteligente e pode ser o início de uma grande mudança nas organizações de shows.

Só é preciso ter atenção e flexibilidade com os diferentes públicos, pois isso pode trazer alguns tipos de problemas para os fãs fanáticos das bandas.

A dinâmica do mercado musical.

Já repararam como a dinâmica do mercado da música mudou?

Antigamente as bandas lançavam o disco e iam pra estrada divulgar seus trabalhos, vender seus discos e assim ganhar dinheiro.

Hoje em dia as bandas lançam o disco, esperam fazer bastante sucesso nas rádios, todo mundo baixar na internet e todo mundo ficar fã das músicas. Aí então a banda vai pra estrada fazer show e ganhar muito dinheiro com estes shows.

Com a evolução das tecnologias da comunicação e dos transportes, ficaram muito mais fácil e barato músicas e artistas circularem ao redor de toda a Terra.

Agora o que conta para o usuário – o que realmente faz diferença – é a oportunidade de ver o artista ao vivo. A grande experiência está no ao vivo, pois a gravação está muito fácil de ser reproduzida e distribuída.

Por isso os shows estão tão caros.

Resumindo. Boas bandas continuam ganhando rios de dinheiro.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Cauda Longa

Eu só compro livro hoje em dia guiado por alguma indicação, seja ela de um amigo ou de uma boa resenha em um blog, jornal, revista ou qualquer outro meio de comunicação.

Agora estou lendo o livro "Cauda Longa (the long tail). Do mercado de massa para o mercado de nicho", que foi indicado pelo meu amigo André Xavier, webdesigner de respeito.

O Conceito principal do livro é:

Nos mercados de massa a oferta de produtos é limitada pelas possibilidades de estoque, o que faz com que os "grandes sucessos" vendam muito e o produtos com menor potencial de vendas nem cheguem ao mercado.

Já nos mercados de nicho - embasados na facilidade (e baixo custo) da oferta via internet - é possível uma ampla exposição de produtos.

Ex: A Wal-Mart tem em seu estoque 4.500 títulos de cd (equivalente a 25 mil músicas). O CD que a Wal-Mart acha que vai vender abaixo das suas expectativas nem entra no catálogo. Sendo assim, é certo que este cd não vai vender mesmo, pois não é oferecido ao público. Isto se faz pela limitação física do estoque, que apesar de imenso, é finito.

Já a Rhapsody - empresa de venda de músicas pela internet - oferece cerca de 800.000 músicas. Isto mesmo, 800 mil músicas diferentes. Com o custo de estoque/oferta muito baixo ela pode disponibilizar uma grande quantidade de músicas que não são promessas de vendas.

A diferença entre a oferta no mercado físico (lojas reais) e as ofertas feitas pela internet ele chama de long tail [veja o gráfico].



O interessante é quando ele começa a observar que esse "mar" de músicas junto começa a faturar um dinheiro muito próximo da soma da pequena quantidade de mega hits do mercado.

A partir disso ele começa a analisar a nova forma de funcionamento do mercado de nichos e apresenta diversos conceitos muito interessantes.

Indico este livro pra qualquer pessoa que queira ter sucesso no mercado de música, marketing, internet e business em geral num futuro bem próximo, pois muitas coisas que o autor fala já estão acontecendo nas nossas vidas.

Ah. O autor fala também da crescente importância dos filtros de busca para se conseguir gerenciar esta enorme ofereta. E advinhe: a indicação dos amigos é um dos mais importantes filtros do mercado de nichos. Exatamente a forma que me fez comprar o livro :-)

É isso.

Boa leitura.