quinta-feira, 24 de maio de 2007

A Casa do Futuro

Num futuro próximo a casa ou apartamento do futuro vai poder ser muito pequena.

Pensa só:

- Não vou mais precisar ter cds de música, pois elas vão ficar armazenadas em grande servidor de uma grande empresa de entretenimento e comunicação (seja Oi, Globo, Uol ou outras) e eu vou pagar por um pacote de serviços.

- Minha tv vai ser de LCD e a programação será transmitida toda via IP e não precisarei mais guardar caixas de DVDs.

- Meu aparelho de som vai ser minúsculo, pois não terá espaço para fita cassete – se bobear – nem pra cd. Além disso, suas caixinhas poderão ser as mesmas do home theater e qualquer outro dispositivo de som da casa.

- Meu PC será um laptop leve e bem fino, que eu poderei usar em qualquer lugar da casa, pois será com conexão sem fio.

- Meu telefone fixo será o meu telefone celular, pois não haverá mais diferença de tarifas.

- Meus livros e jornais estarão todos dentro de uma Librié (que poderá ser meu próprio lap top), assim:

o Não precisarei mais me desfazer de grandes volumes de jornais e revistas semanalmente para reciclagem (e eles não precisarão mais consumir tanto papel para chegar às nossas mãos).

o Meus livros não ocuparão mais uma biblioteca, que por qualquer descuido fica com aquele cheiro horrível de mofo.

Bom, com tanta coisa que vai sumir da minha casa, um apartamento de 30 metros quadrados vai ser uma mansão.

Aí, a grande decisão vai ser escolher um bom lugar pra morar, pois o que vai valer mesmo vai ser a localização. O lugar que você morar vai passara ser a extensão da sua casa.

Como não gosto de condomínios repletos de fofocas, jardim botânico ou gávea (de frente pra mata) são opções muito bem cotadas.

O que vai contar agora é vaga na garagem e lugar pra guardar as pranchas de surf :-)

terça-feira, 22 de maio de 2007

Crise ou Redistribuição de Renda?

Mais uma vez volto a falar sobre a questão da crise na indústria da música.

Concordo que os lucros deixaram de ser tão atraentes como antigamente.

Mas, pensando bem, será que ser artista de cinema ou músico é ser tão superior às outras pessoas?

Então, por que motivo mesmo um "astro" deve ganhar 100 milhões de dólares por ano, enquanto seu público ganha 30 mil?

Aí eu volto na questão que falei uns posts atrás:
Quanto vale o tempo de minha atenção? O tempo que eu deixei de fazer algo de bom pra ficar ouvindo rádio ou vendo tv, enquanto estes grandes "astros" ficam implorando pela minha audiência, pra depois tentarem fazer uma extorsão no meu bolso.

Bom, isso pra mim está cheirando mais a redistribuição de renda e não crise.

Mas, se todos querem chamar assim, que venha a crise.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Mercado Fonográfico x Tráfico de Drogas

Tô aqui pensando na dinâmica do mercado fonográfico e percebo que eles trabalham da mesma forma que os chamados "traficantes de droga de porta de colégio".

Os traficantes chegam na porta dos colégios e oferecem drogas de graça pra molecada. Quando a essa molecada começa a se viciar os traficantes vão e cobram uma pequena fortuna pelo produto.

As gravadoras usam a mesma tática. Elas fazem de tudo pra uma determinada música de um artista tocar bastante nas rádios e em programas de tv. O público, mesmo não sendo muito fã daquela música, uma hora acaba acostumando com o que lhe é imposto e com isso começa a "gostar" do que ouve. A partir daí, a gravadora vai e cobra uma fortuna pra este ouvinte poder escutar aquela "obra prima" em um cd em casa.

É ou não é igual ao traficante de porta de colégio?

Bom, ainda bem que hoje em dia temos a internet. Já tô conhecendo um monte de bandas alternativas que arrebentam.

domingo, 20 de maio de 2007

Informação: Ouro ou Lixo

Com a evolução da tecnológica, a produção de informação aumentou exponencialmente. Junto com ela aumentou também a capacidade da distribuição e recepção de todo este conteúdo (principalmente por causa da internet).

Todo mundo tá produzindo informação e isto pode ser muito ruim ou muito bom.

Se você não souber como procurar e/ou filtrar o conteúdo disponível, toda essa informação acabará se tranfosmando em lixo pra você. Ao mesmo tempo, se você produzir um conteúdo e ele não for visto por ninguém, este também não terá valor algum.

Mas, por outro lado, se você sober usar os mecanismos de busca na internet e souber classificar a relevância de suas fontes de informação, você terá algo muito valioso nas mãos.

Neste novo cenário a propaganda perde muito o seu valor. E a grande fonte de credibilidade passa a ser as pessoas do seu cículo de amizade e referências (redes de conhecimento). Passa a ser essencial a opinião de um amigo que você confia ou de uma figura pública que você acredita e admira.

sábado, 19 de maio de 2007

Música de Graça

Hoje eu estava mais uma vez conversando com meus amigos sobre a reprodução de músicas e pirataria. Nesta conversa todos nós concordamos que a pirataria é crime e quem a pratica está indo contra a lei. Entretanto, ficamos na dúvida sobre o que é realmente a pirataria, se é o indivíduo que reproduz o cd de um amigo em casa para consumo próprio, o que cria um site P2P para distribuição em uma determinada comunidade ou o que grava cds em série e re-vende nas ruas e em camelôs.

Porém, para determinar mesmo o que é certo ou errado, o que faz sentido ou não, devemos ter um pensamento um pouco mais amplo do que somente a avaliação de leis estabelecidas no passado por nós mesmos.

Independente do tempo em que vivemos, a música sempre foi e continua sendo a arte que encanta as pessoas e influencia em diversos aspectos de suas vidas. Porém, a mídia que armazena e transporta o resultado artístico dos músicos vem sofrendo diversas mudanças, tanto que hoje em dia não existe mais diferença facilmente perceptível entre um cd original comprado na loja e uma reprodução caseira.

Durante muito tempo estive muito próximo do dia a dia de uma gravadora de música. Sempre vi o desespero dos executivos deste segmento, tanto no mercado brasileiro quanto mundial. Uma grande e desesperada tentativa de barrar os seus “contraventores”, principalmente os propagadores de música dos sites P2P, como o do precursor Napster.

Esta atitude das gravadoras é evidentemente inútil. A revolução da informação, tão anunciada por Alvin Tofler no livro "A Terceira Onda", já chegou e os seus resultados são claros e inevitáveis. Não há como ir contra isso. É uma imensa e poderosa mudança de paradigma, inclusive no mercado fonográfico.

Há uns quatro anos atrás eu achava que esta revolução iria diminuir o preço das músicas, que seus preços iriam ficar muito baixos e acessíveis para todos. Desde aquela época já entendia que as gravadoras não vendem cds, e sim músicas. Desde então, defendia que as gravadoras são a plataforma de lançamentos dos músicos e não somente as produtoras de seus cds e que por isso, deveriam ter participações também nas demais fontes de renda dos artistas.

Antes dessa revolução os artistas faziam show para divulgar seus LPs e ganhar dinheiro com sua venda. Quanto mais discos vendidos, maior o prestígio e o lucro destes artistas.

Parece um contra-senso. Todos os artistas anônimos fazem de tudo pra que as pessoas ouçam sua música. Contraditoriamente, depois de alcançar a tão almejada fama, cobram fortunas para que estas mesmas pessoas comprem seus cds.

Com esta conversa de hoje a minha “ficha” caiu e todas as peças do quebra-cabeça se uniram.

A verdade é que hoje os shows não são mais para vender os discos. O contrário é que é praticado. O cd, mp3, dvd ou qualquer outra forma de reprodução e armazenamento da arte realizada pelo músico é que se transformou na grande plataforma de divulgação das outras fontes de renda dos artistas. Agora estes artistas deverão ganhar dinheiro com seus shows ao vivo, além de muitas outras formas de comercialização de sua arte, como venda direitos de utilização de suas músicas e imagens em projetos comerciais diversos, como campanhas publicitárias, eventos, filmes etc. Um grande exemplo disso é o programa “Família Osborne”, com o músico Ozzy Osborne, na Mtv.

O futuro da reprodução e distribuição da música é ser DE GRAÇA. Isso mesmo, DE GRAÇA. Todos poderão ter e escutar as músicas que quiser, sem pagar um centavo sequer pelos seus direitos autorais. Este caminho é inevitável e quem entender isso primeiro vai poder repensar a sua atuação e sair na frente dos outros.

Noutro dia vi que o mercado já começa a compreender esta mudança. A gravadora Warner Music assinou um contrato com o músico Gustavo Lins, onde terá participação sobre o faturamento dos seus shows. O mesmo acontece com a nova gravadora do cantor Netinho, a Da Massa.

Tenho certeza que esta mudança trará uma grande democratização da arte e não deixará seus criadores menos ricos (se deixar, também não será o fim receber 10 ao invés de 20 milhões).A realidade é que isso dará a chance a muitos de alcançarem seu lugar ao sol sem a necessidade de ficar debaixo do guarda-chuva das gravadoras, que nem sempre assinam contratos satisfatórios para ambas as partes, como vemos divulgado hoje na imprensa.

Qual o valor da minha atenção?

Um emissora de TV ou Rádio faz seus programas e vende espaços publicitários em valores calculados com base em sua audiência.

Isto é, cada espaço comercial tem seu valor avaliado pela quantidade de pessoas que assistem/ouvem passivamente a estes programas.

Pensando desta forma, me pergunto:

"Quanto será que eu devo cobrar pra estes veículos de comunicação por ficar vendo/ouvindo os programas e as mensagens publicitárias que eles mandam pra mim?"

Pirataria





O post inicial do meu Blog vai ser sobre um assunto que me deixa muito intrigado: PIRATARIA

O mercado de música hoje em dia vive falando de venda de cds piratas, trocas de músicas em sites p2p e gravação de cds de amigos em casa.

Aí eu me pergunto: QUAL O CONCEITO CORRETO DE PIRATARIA?

Penso nisso porque quando eu era moleque eu comprava fita cassete e gravava o disco que eu quisesse e ninguém nunca falou que eu estava fazendo pirataria.

Será que gravar músicas em casa só começou a ser pirataria a partir do momento que a qualidade da reprodução caseira ficou tão boa que as pessoas pararam de comprar as mídias produzidas pelas gravadoras?

Afinal. O QUE É PIRATARIA?

Pense sobre isso.