segunda-feira, 16 de julho de 2007

CD-zero e MusicPac



Estava agora juntando os jornais aqui em casa para levar para o posto da Comlurb aqui na minha rua e vi a matéria “Comigo é mais barato”, que saiu no jornal O Globo – Segundo Caderno - no dia 8/7/2007.

Esta matéria fala da estratégia das gravadoras para aumentar a venda de CDs. O CD-zero é a opção da Sony BMG, enquanto o MusicPac é a aposta da Universal.

O conceito é baratear os custos para poder baratear o preço final.

Esta é uma estratégia válida em momento de transição. Porém, é apenas um paliativo, que vai apresentar um resultado imediato, mas não vai resolver o problema de longo prazo.

A grande realidade é que as gravadoras estão se mexendo muito devagar para o lado certo.

A dinâmica do mercado mudou radicalmente e é preciso mudar as estratégias na mesma intensidade.

As gravadoras – de uma forma geral – continuam investindo dinheiro nos artistas e recebendo apenas pela venda de seus CDs, enquanto os artistas e seus empresários recebem (além do dinheiro da venda dos cds) por todo o resto. O problema é que este todo resto daqui a pouco será responsável por toda a renda do artista.

A venda de música (principalmente de cds) tende a ter custo zero pro consumidor num futuro muito próximo e é preciso que as gravadoras passem a negociar todas as outras fontes de renda com os artistas.

As gravadoras precisam ter participação em shows, comerciais, músicas sob encomenda (ex: Seu Jorge e Sagatiba), merchandising, entre outras coisas. Se não for assim, será crise eterna.

O maior problema é que esta nova estratégia vai levar o trabalho dos empresários de hoje para dentro das gravadoras, sob a responsabilidade dos Labels (gerentes) das gravadoras. E isso vai ameaçar a figura dos empresários de bandas.

Certamente esta será uma briga boa.

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